Compreendendo a Hipertensão Arterial

Explore o que é hipertensão, por que ela é preocupante e quais fatores podem contribuir para seu surgimento

Dr. Marcelo Parra

10/22/20235 min read

Médico Clínico Geral Aferindo a Pressão Arterial
Médico Clínico Geral Aferindo a Pressão Arterial

Compreendendo a Hipertensão Arterial

A saúde de sua família e a sua são preciosas e, frequentemente, lidamos com condições que requerem atenção e compreensão profundas. Uma dessas condições é a hipertensão arterial, uma enfermidade que afeta o sistema circulatório do corpo humano e tem implicações significativas para nossa saúde.

A hipertensão arterial não é apenas uma elevação ocasional da pressão arterial. Trata-se da força persistente e elevada que o sangue exerce contra as paredes das artérias. Quando essa pressão se torna cronicamente elevada, temos a hipertensão arterial. Essa força é medida através de dois valores: a pressão sistólica (PAS) e a pressão diastólica (PAD). Para simplificar, imagine a PAS como a pressão quando o coração se contrai, bombeando sangue, e a PAD como a pressão quando o coração relaxa.

A hipertensão é oficialmente diagnosticada quando esses valores atingem ou ultrapassam 140/90 mmHg em medições distintas, em dias diferentes e nas condições ideais de aferição. Mas por que isso é motivo de preocupação?

Isso provoca o endurecimento das artérias, o que pode dificultar o fluxo sanguíneo e causar uma série de complicações, incluindo ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência renal e problemas oculares. Além disso, a hipertensão é um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares, que continuam sendo a principal causa de mortalidade globalmente.

Diagnosticar e classificar a hipertensão arterial é fundamental para o tratamento adequado. A classificação inclui diferentes estágios de hipertensão, com base nos níveis de pressão arterial, com o objetivo de identificar a gravidade da condição.

A hipertensão arterial é uma condição crônica séria que requer monitoramento constante e, muitas vezes, intervenções médicas, como medicamentos anti-hipertensivos e mudanças no estilo de vida, para controlar eficazmente a pressão arterial e reduzir o risco de complicações graves. Portanto, compreender completamente essa condição é crucial para sua prevenção e tratamento adequado.

Médico Clínico Geral Promove Atividade Física
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Fatores Contribuintes para a Hipertensão

A hipertensão arterial é uma condição de saúde de grande relevância epidemiológica em todo o mundo, tendo uma prevalência significativa e impactos substanciais na saúde pública.

Em termos de prevalência global, a hipertensão é uma condição amplamente disseminada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015, aproximadamente 1,13 bilhão de pessoas em todo o mundo tinham hipertensão, o que corresponde a aproximadamente um quarto da população adulta global. Além disso, projeções indicam que até 2025, esse número pode aumentar para cerca de 1,5 bilhão de pessoas, agravando ainda mais a epidemia de hipertensão.

Além disso, a distribuição geográfica da hipertensão varia amplamente. Populações urbanas muitas vezes apresentam taxas mais elevadas de hipertensão do que populações rurais, devido a estilos de vida sedentários, dietas menos saudáveis e maior exposição a fatores de risco. Isso destaca a influência dos ambientes urbanos na prevalência da hipertensão, chamando a atenção para a importância de políticas de saúde pública voltadas para áreas urbanas.

A medicina de família sempre busca uma compreensão holística das condições de saúde. No caso da hipertensão, essa abordagem é ainda mais relevante, pois diversos fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento. Aspectos genéticos, estilo de vida e condições médicas anteriores são algumas das causas da hipertensão.

Algumas condições médicas, como doença renal crônica, diabetes, distúrbios da tireóide e síndrome de Cushing, podem desencadear ou agravar a hipertensão.

Se seus familiares têm hipertensão, é possível que você também tenha predisposição. Além disso, hábitos de vida, como consumo excessivo de sódio, álcool, tabagismo, sedentarismo e estresse crônico, podem agravar ou precipitar essa condição.

E enquanto envelhecemos, a probabilidade de desenvolver hipertensão aumenta devido às mudanças estruturais nas artérias e à perda de flexibilidade.. Além disso, existem diferenças de prevalência entre homens e mulheres e entre diferentes grupos étnicos. Todos esses fatores, unidos, formam um quadro complexo e interconectado, característico das condições abordadas pela medicina de família

Médico Clínico Geral Apresenta Fatores Genéticos
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Consequências da Hipertensão

A hipertensão é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como angina, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca. A pressão arterial elevada sobrecarrega o coração e as artérias, contribuindo para o desenvolvimento de doenças cardíacas.

Ela atua principalmente danificando as artérias de todo o corpo, como as do cérebro, aumentando o risco de AVC isquêmico e AVC hemorrágico.

Com as artérias danificadas, a pressão arterial elevada pode ainda como consequência, danificar órgãos-alvo, incluindo os rins (doença renal crônica), os olhos (retinopatia hipertensiva, que pode levar à cegueira). Todas essas razões tornam a hipertensão ainda uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, tornando-se um desafio significativo para sistemas de saúde e economias globais.

Médico Clínico Geral Estimula Alimentação saudável
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O Papel da Medicina de Família no Acompanhamento da Hipertensão

Por ser uma das principais causas de mortalidade no mundo, o diagnóstico precoce e o controle da hipertensão são vitais.

A OMS estima que um quarto da população adulta global tem hipertensão, e esse número só tende a crescer. Esse crescimento requer estratégias de saúde pública eficazes e abordagens de tratamento personalizadas, como as propostas pela medicina de família.

Ao mergulhar mais fundo na abordagem da medicina de família, podemos perceber sua singularidade e eficácia no tratamento da hipertensão.

É particularmente verdadeira a concepção de que cada paciente é único, quando se trata de hipertensão. Alguns podem ter a condição devido a causas genéticas, enquanto outros podem ter desenvolvido devido a estilos de vida ou condições médicas subjacentes. A medicina de família considera a história de cada paciente, seu ambiente, cultura e família, para fornecer um plano de tratamento individualizado.

O médico de família não apenas trata a hipertensão, mas também educa o paciente sobre a condição. Ao entender os riscos e implicações da hipertensão, o paciente fica mais capacitado para tomar decisões informadas sobre seu tratamento e estilo de vida.

Além de tratar a hipertensão existente, a medicina de família também promove práticas saudáveis que podem prevenir o desenvolvimento da condição. Isso inclui aconselhamento sobre dieta, exercícios, gestão do estresse e cessação do tabagismo.

Médicos de família estabelecem relacionamentos duradouros com seus pacientes, permitindo um acompanhamento eficaz e ajustes de tratamento conforme necessário ao longo do tempo.

Se necessário, o médico de família pode coordenar o cuidado com outros especialistas, como cardiologistas, nefrologistas e endocrinologistas, garantindo uma abordagem abrangente ao tratamento.

Tenha um médico para chamar de Seu. Agende uma consulta com seu Médico de Família.

Dr. Marcelo Parra

CRM: 213.593 RQE: 84.852